domingo, 3 de outubro de 2010

DEVANEIOS DA VIDA

Deve haver algum motivo para que estejamos aqui na Terra. Não é possível que seres racionais que somos — e, às vezes, irracionais também — apenas nasçam, cresçam e morram.

Há um enorme leque de indagações, afirmações e conjecturas sobre a vida, feitas por filósofos, sociólogos e outros pensadores, membros de nosso clã, o do Homo sapiens.

A futilidade de uma existência, as incertezas do amanhã e a tanatofobia induzem o ser humano à procura de uma explicação supersticiosa para sua presença neste mundo cruel e perverso onde, se o indivíduo for fraco ou frágil, será pisoteado como a um inseto rastejante.

A origem das religiões, sejam elas cognominadas pagãs, sejam elas monoteísta cristã, ou não, deve-se justamente a esta ansiedade de se tentar explicar o inexplicável, o ilógico. Mesmo porque, jamais alguém retornou da vida pós-morte, se é que ela existe, apesar das inúmeras afirmações mediúnicas a respeito.

É certeza inabalável que a vida é conturbada pela noção da morte. Sem ela, a vida não tem sentido. Por isso, em todos os caminhos da vida, observamos pessoas dedicadas e abnegadas para com o próximo, muito embora haja sempre forças contrárias para tornar a própria existência intolerável.

O que mais faz a vida sustentável, suportável e razoável, é a família.

Pode-se observar que, ao se estudar o comportamento no reino animal, há uma agressividade maior entre animais que vivem isolados e sozinhos, e não grupalmente. É verdade que há grupos que também são violentos, no entanto, em geral, agem assim com o intuito de se proteger.

É, também, assim, entre os humanos. O recurso da violência, quando em família é, igualmente, para defender a mesma quando se sente ameaçada.

O anseio de se formar uma família é inerente, e torna-se plenamente justificado, psicologicamente, diante do exposto, pois o conjunto é mais forte para defender-se das agruras externas e da própria morte, que sempre necessita ser adiada.

Aliás, o conceito de família pode perfeitamente se estender para organizações, cidades e países, formando-se, deste modo, meios de fortalecimento em sua própria defesa e, no frigir dos ovos, do combate à morte.

Em conclusão, a morte é inexorável. Não pode haver vida sem que haja o término de uma existência. A vida é curta. É única. Precisa ser vivida em toda sua plenitude, com motivação, com direção, e com a percepção de que se chegará ao fim, algum dia...

3 comentários:

  1. Ivette17:19:00

    Gostei dos seus questionamentos, mas hoje já há evidências além destas relacionadas apenas a esta vida que conscientemente conhecemos. Há um livro de pesquisadores cientistas americanos mostrando com evidências que somos espírito além de apenas um corpo físico visível (chama-se Medicina Vibracional - de Richard Gerber), além de muitas outras publicações mostrando a eternidade deste espírito, o qual tem nesta vida apenas uma passagem, como numa fase escolar, em busca de sua evolução. Uns já estão num estágio mais avançado em direção à sabedoria e à sublimação, outros ainda mais primitivos. Mas todos submetidos a leis de evolução. Venho estudando isto há ± 15 anos. Um abração, Ivette

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  2. Therezinha23:35:00

    Dr. Walter
    Você escreve com tanta espontaneidade e com técnica tão deslizante que até parece que é facil e simples. Isso envolve o leitor de forma agradável e interessante. O tema é bastante sugestivo e nos faz pensar a respeito. Parabéns.
    TACC

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  3. Anônimo15:03:00

    talvez você se divirta em http://papopoetico.blogspot.com/
    A poesia é necessária
    Tudo de bom

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