domingo, 8 de agosto de 2010

DOCES LEMBRANÇAS

Acho que a primeira recordação que tenho é de passear no parque de diversões com meus pais, parando para comer algodão doce. Ficávamos junto ao carrinho observando, através do vidro, o homem colocar açúcar cristal no centro do prato giratório. Em alta velocidade, parecia um redemoinho despejando o algodão doce nas laterais. Como criança, ficava perplexo com aquela magia. Saborear aquele doce era maravilhoso.


Mais tarde, à porta da escola, havia os ambulantes com seus carrinhos, vendendo pipoca e doces para a garotada. Eu gostava mesmo era da “machadinha”, um doce branco e rosa, muito duro, que o vendedor retirava de uma forma retangular, com uma miniatura de um machado e um martelo. Demorava para derreter na boca. Outro doce era o “quebra-queixo”, cortado com um facão, também contido numa forma, feito de coco queimado e caramelo. Este deixava os dedos pegajosos e quem tivesse obturações, que se cuidasse!


Os produtos da Kibon, então, eram deliciosos: as bananinhas amarelas ainda são insuperáveis. Nem se fala do Ki-coisa, um doce recheado de marshmellow e com cobertura achocolatada, e do Ki-bamba, recheado com um chantili espesso e também coberto de chocolate.


Havia um doce que adorava, quando íamos a uma padaria. Ficava a espreitá-lo pelo vidro em baixo do balcão: era o merengue, mas daqueles com dois suspiros bem grandes e bastante chantili. Era, talvez, meu doce predileto.


A bem da verdade, gostava de tudo que era doce. Lembro-me das balas da Söenksen, uma fábrica que não existe mais, com suas latinhas ovaladas, a vermelha escura com balas de cevada e a branca, com balas de limão. Gostava mesmo era das de cevada, cujo sabor sinto na boca ainda hoje, apesar de tantos anos decorridos.


Contam-me que nas escolas particulares que dispunham de lanchonetes, a procura por doces era muito grande. Um dos favoritos era o Dan-Top, com uma base fina de biscoito, recheio de chantili e cobertura de chocolate. Já comi várias vezes, porém nem se compara à sofisticada Nhá Benta da Kopenhagen.


Aliás, mencionada essa doceira, vem à mente as balas de goma de alcaçuz, que fabricavam até recentemente e as geléias de diversos sabores de frutas, que também não fazem mais e que minha mãe tanto apreciava. Eram de derreter na boca.


Acredito que cada um tem uma experiência para contar e dizer também qual fora ou é seu doce predileto. São, indubitavelmente, as doces lembranças da gente!

3 comentários:

  1. Ivette14:09:00

    Eu também gostava de todos aqueles doces que você citou. E muito! Me deu saudades!!! Nem lembrava mais das balas da Söenksen (nem lembrava que se escrevia assim, só lembro do som da palavra...) É, acho que envelhecemos mesmo, já que estamos começando sentir saudades da infância! Que bom que tivemos a sorte de nascer numa família com pais amorosos! Grande abraço e obrigada por este bons momentos, Walter. Um abração, Ivette

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  2. Anônimo21:23:00

    Saboriei os doces pelas palavras que me levaram aos anos
    felizes da adolecencia, quando a
    gulodice não trazia grandes prejuizos.
    Parabens
    TACC
    TACC

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  3. Ah! que saudades me deu.....
    Para começar do parque, me criei dentro de um...
    Meus tios, meu pai, meu avÔ eram donos do parque de diversão,(Empresa de diversões Brasil) aqueles que armavam-se em praças, depois mudavam-se para outra praça.
    Era assim que quando criança eu escutava, minha mãe dizia "não aguento mais essa vida de cigano," e eu adorava.
    Foi bom lêr se texto, viagei no tempo.....
    Abraços carinhoso

    Preciosa Maria

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