domingo, 12 de outubro de 2008

1666

Há mais de três séculos, uma cidade foi assolada por uma catástrofe
sem precedentes,
que culminou em uma bênção para a Nação...

Fatídica noite de setembro
Mil seiscentos e sessenta e seis,
Do negrume surgem as primeiras labaredas,
em pontos diversos da metrópole de reis.

Londres fedorenta e malcheirosa,
Casas de madeira de sacadas estreitas
Imundície absurda por toda parte,
Infestação de ratos, as ruelas mal feitas.

Avançam pela cidade as chamas
Lambendo, lambiscando, ruindo
Tornando-se grande a conflagração
Tudo pelo seu caminho, destruindo.

Presença funesta nas casas e porões
Londres é partidária do mal,
Transmissores da peste negra
Doença de grande sacrifício mortal.

Calor intenso, poucas vítimas fatais,
Quatro, de fato, em duzentos mil.
Incontáveis ratos mortos no fogo
E afogados no Tâmisa; é a morte do vil!

Igrejas, prédios do governo,
Treze mil casas tombadas,
Inclusive a Catedral de São Paulo,
E renasce nova Londres daquelas queimadas.
Na reconstrução de Londres, levou-se em conta o que fora a cidade anteriormente
e procurou-se aprimorá-la. Esta é a Londres que se conhece hoje...

Um comentário:

  1. Anônimo19:27:00

    Walter, vim lhe fazer uma nova visita e tive o prazer de ler esta sua poesia! adorei a metáfora: a reconstrução tanto pode ser de Londres como da vida - muitas vezes é assim, das cinzas renasce o belo! há sempre vidas atrás dos fatos! adorei! obrigada! um abraço, Lêda

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