Colaborador: Hugo de Almeida Harris
Este, sim, é um sobrevivente. Veio num eixo de caminhão, provavelmente do Nordeste. Pelo menos foi
isso o que o motorista disse para a veterinária que o recolheu, pois ele não
havia parado o caminhão desde a Bahia. Quando chegou em nossa casa, os olhos do
gato estavam muito machucados, talvez devido à viagem implementada, ao
enfrentamento dos ventos, sujeiras e óleo. Cuidamos dele e logo ficou bom.
Recebeu o nome de Thômas, que coloco aqui com circunflexo exatamente para
chamar atenção para qual é a exata sílaba tônica (sim, sim, é uma homenagem ao
Tom, do Tom & Jerry). Devido à sua origem, ganhou um segundo nome, bem
característico: Severino. Assim, passou a ser chamado por nós de Thomas
Severino. Demorou muito para aceitar que fizéssemos carinho nele. Era muito
arredio, talvez devido a seu passado, antes da viagem de caminhão. Aos poucos,
foi se abrindo, até mesmo nos procurava para receber um ou outro agrado. Miava muito pouco e, devido a esta escassez,
era uma alegria quando fazia.
Agora partiu. Não foi de caminhão. Foi nos braços de meu pai. Estava
lá, todo murchinho, deu dois miozinhos baixinhos, como se se despedisse, e
apagou. Engraçado como estes bichinhos mexem com a gente. No mesmo ano em que o
Filé nos deixou, agora foi a vez do Thomas Severino. Que os dois brinquem
bastante, onde quer que estejam...
(2005 - 2014)
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirDesculpa ter removido o comentário, sinto muito mas pelo menos o Thomas Severino teve quem o amasse. Bless him.
ResponderExcluirThomas Sevrino faz muita falta...
ExcluirEu compreendo a saudade de um pet!
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