Quem já viu um
cometa? Eu pessoalmente não. Já vi em filmes, já li a respeito, porém ver um
cometa a olho nu, ainda não tive o prazer. Nem mesmo quando o mais famoso de
todos, o cometa Halley, passou pelos nossos céus em 1986. É o único cometa que
é bem visível a olho nu da Terra e será visto de novo somente lá pelos meados
deste século.
Em 2004 foi
lançada uma sonda espacial europeia chamada Rosetta. Seu objetivo era estudar
um cometa específico, o 67P/Churyumov-Gerasimenko, que mede 14 km2. Depois de 10 anos, 5 meses e 4 dias viajando ao seu
destino, dando 5 voltas ao redor do Sol, num total de 6,4 bilhões de
quilômetros, a sonda entrou em órbita do 67P, tornando-se o primeiro objeto
construído pelo homem a realizar tal façanha, mantendo uma órbita hiperbólica a
100 km do cometa, acompanhando sua velocidade de 55.000 km/h. Este ousado encontro
da sonda com o cometa ocorreu em 6 de agosto de 2014, a 550 milhões de
quilômetros da Terra, conforme anunciado pela Agência Espacial Europeia.
Aristóteles descreveu
um cometa pela primeira vez e o chamou de uma “estrela de cauda”. Trata-se de
um pequeno corpo formado por gelo, pequenos fragmentos de rocha e poeira, além
de gases em estado sólido como metano, amônia, monóxido e dióxido de carbono.
Seu tamanho é variável, desde algumas centenas de metros até dezenas de
quilômetros. O formato de um cometa é bastante irregular, não conseguindo ficar
esférico devido à sua pequena massa.
Os cometas vêm
de além da órbita de Netuno, de um cinturão maior que o cinturão de asteroides,
consistindo de pequenos corpos resultantes da formação do sistema solar, ou
então da Nebulosa solar, mais distante e maior ainda, também resultado da
formação do sistema solar. Acredita-se que cometas seriam lançados dos limites externos
ao sistema solar de temperaturas mais baixas para dentro do sistema solar, mais
quente, podendo então ficar com um aspecto difuso, chamado de coma, e às vezes,
apresentando uma cauda devido à radiação solar, quando os gases deixam de ser
sólidos. Assim se tornam telescopicamente visíveis da Terra. O número de
cometas conhecidos é próximo de 4.000.
Devido à
distância, levou quase 23 minutos para chegar a notícia de que a sonda espacial
havia chegado ao seu destino, comprovado através de uma pequena alteração num
gráfico. Todos os técnicos da Agência se cumprimentavam, após 10 anos
acompanhando a sonda com uma precisão extraordinária e um investimento superior
a um bilhão de euros.
Foi a primeira
vez na história espacial que uma espaçonave era efetivamente manobrada ao lado
de um corpo celeste em movimento, mantendo a mesma velocidade, para que se pudesse
iniciar um mapeamento detalhado de sua superfície. Rosetta tem tirado inúmeras
fotografias do 67P e estará estudando o cometa com uma série de instrumentos
durante os próximos 15 meses. Acoplada à
sonda há um pequeno veículo e planeja-se pousá-lo na superfície do cometa ainda
este ano. Toda a missão está focada em melhorar o conhecimento dos cometas e
seu papel nos primórdios do Sistema Solar.
Nós, simples
mortais, ficamos boquiabertos diante desta tecnologia espacial, seus objetivos
e suas conquistas. Nem sequer imaginamos a capacidade dos envolvidos neste
projeto e sua missão e concedemos-lhes o direito de rir à toa pelo que
obtiveram, seu trabalho e seu sucesso!
Em novembro de 2014 conseguiu-se uma proeza jamais alcançada na história, quando Philae, o pequeno veículo acoplado à espaçonave-mãe Rosetta, pousou na superfície do cometa 67P. Embora esteja em fase de hibernação, pois pousou numa área de sombra onde não consegue carregar suas baterias solares, antes disso mandou vários dados para a Terra, que estão sendo analisados.
Em novembro de 2014 conseguiu-se uma proeza jamais alcançada na história, quando Philae, o pequeno veículo acoplado à espaçonave-mãe Rosetta, pousou na superfície do cometa 67P. Embora esteja em fase de hibernação, pois pousou numa área de sombra onde não consegue carregar suas baterias solares, antes disso mandou vários dados para a Terra, que estão sendo analisados.
Referências: Wikipedia e BBC
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